4 de março de 2012

MP pede à polícia levantamento de acidentes do Hopi Hari



A promotora de defesa do direito do consumidor de Vinhedo Ana Beatriz Sampaio Silva Vieira enviou um ofício ao delegado titular de Vinhedo, Álvaro Santucci Noventa Junior, solicitando um levantamento dos registros dos boletins de ocorrência registrados nos últimos dois anos envolvendo acidentes com visitantes no parque de diversões Hopi Hari. Entre as ocorrências estão situações de lesão corporal culposa ou da integridade física dos frequentadores.



O pedido foi feito na sexta-feira (2) e deve ajudar nas investigações do Ministério Público sobre o acidente no brinquedo La Tour Eiffel que matou uma adolescente de 14 anos no dia 24 de fevereiro. "Essas informações são importantes do ponto de vista cível na medida que pode evidenciar se o parque tem um grande número de acidentes", explica a promotora. Em coletiva à imprensa na quinta-feira (1º), a família de Gabriela Nichimura informou que irá processar o parque por danos morais e materiais e pretende pedir cerca de R$ 2 milhões de indenização.



adolescente estava no parque com a família e caiu do brinquedo de uma altura de cerca de 30 metros. Ela sentou em uma cadeira que sempre esteve inativa e não tinha um sistema de segurança funcional, de acordo com o Hopi Hari. O advogado do parque, Alberto Zacharias Toron, disse em entrevista coletiva na quinta-feira (1º) que o Hopi Hari admite que houve uma falha humana no acidente. O assento onde a menina ficou havia sido interditado há dez anos por questões de segurança, pois algum turista sentado de forma inadequada poderia bater as pernas na estrutura na parte final da descida do brinquedo, também conhecido como "elevador".

"O parque reconhece que houve um erro dos técnicos de manutenção que habilitaram indevidamente uma cadeira que não deveria ser habilitada, seja ainda concomitantemente das pessoas que fazem atendimento operacional e que deveriam ter verificado que a trava não funcionava. O Hopi Hari reconhece isso", disse o advogado.

Travas nem sempre são checadas, diz ex-funcionário

Um ex-funcionário do Hopi Hari denunciou em entrevista à EPTV na sexta-feira que muitos operadores trabalhavam em brinquedos nos quais não tem treinamento específico e que as travas das atrações nem sempre são checadas. "As travas nem sempre são checadas pela demanda de visitantes [...] a maioria das vezes a pessoa sentava, o funcionário olhava e já acionava o brinquedo", diz o ex-funcionário.



Segundo ele, o treinamento para atrações específicas muitas vezes é informal. “O operador vai no horário de almoço ou de jantar, por exemplo, tem amizade com o responsável pelo brinquedo e diz que quer aprende”, diz. “A pessoa fez o treinamento pra operar o bate-bate e vai trabalhar também em outras atrações”, completa.

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