16 de abril de 2012

Titanic 3D

 Eu vou assistir....srsrs

É provável que quem vá rever (ou, em raros casos, ver) Titanic nos cinemas acredite que o navio, pelo menos desta vez, não vá afundar. E que, no fim, Jack e Rose (Leonardo DiCaprio e Kate Winslet) chegam abraçadinhos à América, prontos para seguir uma nova vida juntos. Não é o que acontece.


 A trama não mudou. O diretor canadense James Cameron, magnata de grandes produções e dono da melhor tecnologia 3D do mercado, relança, nas primeiras semanas de abril, seu filme vencedor de 11 Oscars em três dimensões nos cinemas do mundo todo — hoje a estreia é no Brasil, incluindo o Recife. Agora, um século depois do acontecido, o naufrágio do Titanic parece ainda mais dramático.

Com os US$ 18 milhões gastos na conversão, o luxo do navio reluz com mais intensidade. Por outro lado, o acidente é realçado pela profundidade visual do efeito tridimensional. É como se Cameron, um apaixonado por viagens aquáticas e por segredos escondidos pela natureza, quisesse levar o espectador (e a si mesmo) numa jornada romântica e trágica novamente: uma reprise de um mergulho que fez história nos cinemas.

“Houve relançamentos no passado, e a maioria não funcionou. Minha teoria, aqui, era fazer com o que 3D mudasse o conceito de relançamento. Quis redefinir o filme sem mudar sequer um frame”, disse o cineasta ao diário britânico The Daily Telegraph.

Na verdade, algo mudou, sim. Mas é praticamente imperceptível. Neil deGrasse Tyson, um astrônomo norte-americano respeitado, enviou um e-mail a Cameron criticando o posicionamento das estrelas numa das cenas finais, em que Rose (Kate Winslet) está agarrada a um pedaço de madeira (por volta das 4h20 do dia 15 de abril de 1912), após a descida do RMS Titanic rumo ao fundo do oceano Atlântico. “Com minha reputação de perfeccionista, deveria ter sabido disso e colocado o mapa estelar correto. Então, eu disse, ‘ok, me envie a posição correta das estrelas para a hora correta e eu a coloco no filme’”, explicou o realizador.

Às 23h40, de 14 de abril de 1912, o navio britânico RMS Titanic chocou-se contra um iceberg ao norte do Atlântico. Afundou em duas horas e meia, matando 1.514 das 2.224 pessoas a bordo. No título de segunda maior bilheteria do cinema (US$ 1,8 bilhão, valor superado pelo próprio diretor 12 anos depois, em Avatar, com US$ 2,7 bilhões), Cameron narra um épico com a pompa de clássicos de Hollywood (como … E o vento levou, 1939) e uma história de amor inesquecível, ache o espectador arrebatadora ou piegas.  (Felipe Moraes) 

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